Dicas simples: Como fazer uma boa conclusão

 

Afinal, o que é uma boa conclusão?

Lembre-se que uma boa finalização do texto faz com que o leitor fique satisfeito com a leitura, e por isso, uma conclusão deve ser interessante e reunir as principais ideias.

No entanto, a conclusão de um texto deve ser sucinta, ou seja, a parte de apresentar os argumentos é no desenvolvimento.

Aqui, você deve concluir e realizar um fechamento das ideias que foram apresentadas ao leitor. Nesse momento, a análise crítica sobre o tema é também um fator importante.

Para isso, pense bem antes de fazê-la! Se necessário, releia o texto, pesquise sobre a ideia e faça um rascunho. Importante ressaltar que a conclusão não é a repetição do que já foi dito.

Ela mostra algo novo, suscita ideias e reflexões, além de oferecer sugestões, propor melhorias e soluções sobre o tema abordado.

Só consegue concluir bem um texto quem teve o cuidado de planejar a escrita e seguiu uma sequência lógica de apresentação das informações em parágrafos bem estruturados e coesos.

Caso essa sequência não seja obedecida, o texto fica confuso impedindo o leitor de refletir sobre o tema proposto.

Uma organização lógica de ideias, permite o convencimento do leitor, principal objetivo do texto dissertativo-argumentativo.

Mesmo na narração, a hierarquia e a lógica da apresentação de sentenças dentro do parágrafo são fundamentais para que o leitor consiga refletir sobre a história.

Em qualquer parte do texto — introdução, desenvolvimento e conclusão —, a clareza e obediência à gramática são fundamentais para o bom entendimento do tema.

 

Não devem estar na sua conclusão!!
  • clichês
  • ser prolixo
  • argumentos demais
  • repetição do que já foi dito

 

 
Conectivo para conclusão

Primeiramente, você deve lembrar que o parágrafo de conclusão sempre deve iniciar com um conectivo. Você pode usar “portanto” ou “dessa forma”, por exemplo. Abaixo você pode conferir uma lista de conectivos para iniciar a primeira frase da sua conclusão.

  • por isso
  • assim
  • assim sendo
  • então
  • logo
  • enfim
  • portanto
  • em conclusão
  • para terminar
  • em síntese
  • em resumo
  • por último
  • em suma
  • por fim
  • resumidamente
  • diante disso
  • desse modo
  • dessa forma
  • dessa maneira
  • destarte
  • dessarte

 

Como fazer uma proposta de intervenção correta e completa? Ela precisa ter 5 elementos:

  1. Ação (o que?)
  2. Agente (quem?)
  3. Efeito (para quê?)
  4. Modo (como?)
  5. Detalhamento (explicação e exemplos)

 

Exemplos de redações com ótimas conclusões:

 

2013: Os efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Autora: Bianca Hazt

 

Título: O inferno são os outros

 

      Com base nos dois signos opostos, liberdade e responsabilidade, costuma-se dizer que a liberdade de determinado indivíduo termina quando começa a sua responsabilidade. No Brasil, muitos acidentes de trânsito acontecem justamente pelo fato de as pessoas não conhecerem o ponto inicial da sua responsabilidade. Analisando tal problema e suas consequências, o governo implantou a Lei Seca. objetivando um menor número de acidentes no trânsito.

      Primeiramente, deve-se entender que a medida destinada ao governo tomar já está sendo colocada em prática. Além da implantação da lei. milhares de etilômetros foram adquiridos e, de maneira geral, a fiscalização ocorre corretamente.

      De acordo com uma pesquisa feita pelo IBPS, com dados do Rio de Janeiro, 97% da população aprova o uso de bafômetros na fiscalização, e com dados do DATASUS, aconteceu uma queda de 6,2% na média nacional de mortes desde a implantação da lei. Pela interpretação dos índices percebe-se que a população já está conscientizada sobre a gravidade do problema embora a média da redução das vítimas fatais ainda esteja baixa.

      Conclui-se, então que a parte mais difícil já está feita: as pessoas estão conscientizadas do problema. Agora, cabe aos estados e aos municípios o desenvolvimento de medidas criativas (como a repulsão magnética implantada em um copo ao beber e dirigir no RJ) que lutem energicamente contra a embriaguez no volante, para que assim, ao contrário do que o filósofo Sartre afirmava, o inferno deixe de ser os outros, os quais não sabem usufruir da sua liberdade.E, de quebra, se possa viver em um país livre de atitudes inconsequentes.

 

 

2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

Autor: Thais Saeger Ruschmann da Costa

 

      É fato que a tecnologia revolucionou a vida em sociedade nas mais variadas esferas, a exemplo da saúde, dos transportes e das relações sociais. No que concerne ao uso da internet, a rede potencializou o fenômeno da massificação do consumo, pois permitiu, por meio da construção de um banco de dados, oferecer produtos de acordo com os interesses dos usuários. Tal personalização se observa, também, na divulgação de informações que, dessa forma, se tornam, muitas vezes, tendenciosas. Nesse sentido, é necessário analisar tal quadro, intrinsecamente ligado a aspectos educacionais e econômicos.

     É importante ressaltar, em primeiro plano, de que forma o controle de dados na internet permite a manipulação do comportamento dos usuários. Isso ocorre, em grande parte, devido ao baixo senso crítico da população, fruto de uma educação tecnicista, na qual não há estímulo ao questionamento. Sob esse âmbito, a internet usufrui dessa vulnerabilidade e, por intermédio da uma análise dos sites mais visitados por determinado indivíduo, consegue rastrear seus gostos e propor notícias ligadas aos seus interesses, limitando, assim, o modo de pensar dos cidadãos. Em meio a isso, uma analogia com a educação libertadora proposta por Paulo Freire mostra-se possível, uma vez que o pedagogo defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e, dessa forma, libertar o indivíduo da situação a qual encontra-se sujeitado – neste caso, a manipulação.

    Cabe mencionar, em segundo plano, quais os interesses atendidos por tal controle de dados. Essa questão ocorre devido ao capitalismo, modelo econômico vigente desde o fim da Guerra Fria, em 1991, o qual estimula o consumo em massa. Nesse âmbito, a tecnologia, aliada aos interesses do capital, também propõe aos usuários da rede produtos que eles acreditam ser personalizados. Partindo desse pressuposto, esse cenário corrobora o termo “ilusão da contemporaneidade” defendido pelo filósofo Sartre, já que os cidadãos acreditam estar escolhendo uma mercadoria diferenciada mas, na verdade, trata-se de uma manipulação que visa ampliar o consumo.

    Infere-se, portanto, que o controle do comportamento dos usuários possui íntima relação com aspectos educacionais e econômicos. Desse modo, é imperiosa uma ação do MEC, que deve, por meio da oferta de debates e seminários nas escolas, orientar os alunos a buscarem informações de fontes confiáveis como artigos científicos ou por intermédio da checagem de dados, com o fito de estimular o senso crítico dos estudantes e, dessa forma, evitar que sejam manipulados. Visando ao mesmo objetivo, o MEC pode, ainda, oferecer uma disciplina de educação tecnológica nas escolas, através de sua inclusão na Base Comum Curricular, causando um importante impacto na construção da consciência coletiva. Assim, observar-se-ia uma população mais crítica e menos iludida.

 

Fontes de auxílio: https://blog.imaginie.com.br/exemplos-de-redacoes-nota-1000/

https://www.todamateria.com.br/como-fazer-a-conclusao-de-uma-redacao/

https://blogdoenem.com.br/redacao-conclusao-enem-vestibular/