Entenda um pouco mais sobre "A uberização do trabalho."

A uberização do trabalho

 

Os avanços tecnológicos mudaram o comportamento do consumidor e criaram um novo modelo de negócios sob demanda. Nesse contexto, surge a uberização do trabalho. Continue lendo abaixo para entender o conceito desse termo, pois ele pode cair em provas do ENEM, vestibulares e concursos.

O termo faz referência a empresa Uber, que é a maior empresa de transporte do mundo sem ter uma frota de carros. Isso uma vez que a Uber não é uma empresa de transporte de fato, mas sim um aplicativo que conecta passageiros a motoristas, ou seja, cria uma ponte entre a oferta e a procura.

Assim como a Uber, diversas empresas de tecnologia, por meio de aplicativos, fazem a mediação entre clientes e prestadores de serviços, sejam motoristas, entregadores, babás, faxineiras, cuidadores de idosos, professores, entre outros.

Portanto, uberização do trabalho é a modernização das relações de trabalho decorrente da popularização dos aplicativos de contratação de serviços.

O valor cobrado aos clientes e remunerado aos trabalhadores por esses serviços não é fixo, ele é determinado por algoritmos. Os preços variam de acordo com a demanda, o dia, o horário, a localidade, entre outros fatores.

 

Você sabe o que é?

 

Atualmente, a modificação constante do mercado de trabalho exige que o trabalhador apresente um perfil profissional dinâmico e capaz de se moldar às necessidades de momento. Além disso, a crise econômica, a globalização, a diminuição dos empregos formais, as expressivas modificações na legislação trabalhista – especificamente no caso do Brasil – desregulação e flexibilização de várias de suas normas, o aumento do empreendedorismo, dentre outras causas, têm provocado um incremento no labor executado através de tecnologias disruptivas, como a da Uber, por exemplo, que oferece, por meio de aplicativo, serviços sob demanda e que têm por finalidade mediar consumidores que precisam de transporte e motoristas que precisam de trabalho.

Exatamente por estar atento à toda sorte de flexibilização dos direitos laborais implementadas a partir da Reforma Trabalhista, promovida pela Lei 13.467/17, bem como pela Lei 13.874/19, da Liberdade Econômica, e pela Medida Provisória 905/19, que altera mais de 86 artigos da CLT (a carteira verde e amarela), o setor de inovação tecnológica tem procurado ocupar mais esse espaço, criando novos aplicativos semelhantes ao da Uber, destinados a mediar outros segmentos de prestação de serviços, tais como: entregas, limpeza, beleza, professores, babás, eventos, enfermagem, cuidadores de idosos, dentre outros tantos, promovendo o avanço da chamada “gig economy” ou “uberização”.

 

 

Uberização é alternativa ao desemprego

Nos últimos anos, a crise econômica e o alto índice de desemprego contribuiu para que o número de trabalhadores de aplicativos aumentassem exponencialmente. De acordo com o IBGE, o número de pessoas que trabalha como motoristas de aplicativo, taxistas e motoristas e trocadores de ônibus, aumentou 29,2% em 2018, a maior alta desde 2012.

 

Com a pandemia de Covid-19, o desemprego aumentou e muitas pessoas recorreram aos aplicativos como uma alternativa de sobrevivência. Segundo estatísticas da Análise Econômica Consultoria, o número de trabalhadores de aplicativos de entregas de refeições cresceu 158% no primeiro semestre de 2020. 

 

 

Deste modo, no essencial retomou-se a definição de trabalho dependente na base da qual se tem combatido o falso trabalho independente em outros domínios de atividade. Talvez esta resposta não seja suficientemente satisfatória e as experiências de Barcelona, de Londres e Nova Iorque possam inspirar novos caminhos e propostas. É que, tal como o tribunal de Londres afirmava, os termos do negócio e o poder das partes (condutores e passageiros ou utentes) são definidos de facto pelas grandes corporações que operam as plataformas e há que encontrar formas da sua responsabilização no plano dos direitos laborais, das condições de trabalho e da segurança social dos condutores. De resto, aprofundar o debate neste campo a partir da experiência da Uber e similares é uma exigência, quando em larga medida a chamada economia Gig e as novas experiências da revolução industrial 4.0 estão a apostar fortemente na uberização, em modelos de negócio em que os trabalhadores suportam todos os riscos. Uma aposta que estão a fazer, em várias áreas, incluindo na educação e na saúde(12), implicando a substituição de trabalhadores por software e a substituição de contratos de trabalho por prestação de serviços. Um debate que diz respeito a toda a sociedade e em que os sindicatos e movimentos sociais de trabalhadores precários deverão ser envolvidos.

 

 

Uberização do Trabalho

 

Veja um vídeo sobre: https://www.youtube.com/watch?v=k23g-Sao8H0&feature=youtu.be&ab_channel=AUGUSTOVASCONCELOS

 

Fontes: https://castrodigital.com.br/2020/07/o-que-e-uberizacao-do-trabalho.html

https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Trabalho/Uberizacao-desafios-laborais-e-sociais/56/46143

https://castrodigital.com.br/2020/07/o-que-e-uberizacao-do-trabalho.html