Vivemos um tempo de individualismo, muita competição e falta de olhar para o próximo. Como é possível, por meio da educação, mudar esse quadro? Para o mestre e doutorando em Educação, professor de Pedagogia e também coordenador de Ensino Religioso do Colégio Bom Jesus, Frei Claudino Gilz, isso é possível quando a escola sensibiliza o aluno a cuidar, antes de tudo, de si mesmo. “A escola é o espaço de encontro de alunos, pais, professores e funcionários oriundos de diversas etnias, culturas, crenças e costumes.

Um dos pressupostos para a prática da solidariedade é o cuidado de si mesmo. Isso exige aprendizagem diária e a escola pode, por meio de um conjunto de atividades acadêmicas e cívicas, levar seus alunos a isso. O papel da escola hoje é este: levar os alunos à descoberta da importância do cuidado de si mesmo e do fazer-se pródigo com seus semelhantes”, conta o frei. Ele destaca o desenvolvimento do hábito de fazer-se solidário com todos e em todas as situações como fator para formar cidadãos notáveis.

 
A importância da solidariedade na família, na escola e na sociedade — Foto: ShutterstockA importância da solidariedade na família, na escola e na sociedade — Foto: Shutterstock

A importância da solidariedade na família, na escola e na sociedade — Foto: Shutterstock

Mas como a solidariedade pode ser trabalhada de forma prática na sala de aula? Para o Frei Claudino, o desenvolvimento da prática da solidariedade não pode depender de atividades isoladas de um ou outro professor da escola. Ele sugere envolver os professores de todas as disciplinas no desenvolvimento de ações voltadas para a descoberta da importância da solidariedade em meio às atividades acadêmicas. “Quando esse objetivo é assumido por todos os professores da escola, os resultados convergem para uma nova cultura escolar em que a solidariedade é considerada o principal parâmetro daquilo que é premissa na formação do aluno”, completa.

 

Solidariedade em família e na sociedade

 

Outro espaço importante para formar pessoas mais solidárias é dentro de casa, pois é no espaço familiar que as crianças têm a oportunidade de aprender a amar de verdade a si mesmas e aos outros. É com a família que as crianças aprendem a sorrir, a compreender, a perdoar, a doar-se, a fazer o bem, a respeitar, a agradecer, entre outras coisas. E quando os pais possibilitam isso a seus filhos, a vida diária de suas famílias se transforma numa experiência excelente.

 

E essa maneira solidária de viver reflete em uma sociedade melhor. “A solidariedade leva o ser humano a deixar transparecer o melhor de si mesmo nas mais diversas situações do seu cotidiano e de sua história”, declara. O Frei lamenta o fato de muitas pessoas esquecerem que a mudança da sociedade precisa começar dentro delas mesmas. “E a solidariedade pode ser o primeiro passo para tal transformação acontecer”, afirma.

 

A formação solidária no Bom Jesus

 

Por ser um colégio franciscano, o Bom Jesus sempre teve as atividades acadêmicas e formativas permeadas pela solidariedade. Essa virtude, tão apreciada por Francisco de Assis, está no trato com as pessoas, a natureza, os animais e com todos os seres vivos. Frei Claudino conta que, desde pequeno, Francisco de Assis se diferenciava pela compaixão e pela solidariedade com os pobres que encontrava nos arredores de sua cidade, a ponto de ofertar abundantes esmolas. Muitas vezes, ele abria mão da presença na família e com os amigos para ir discretamente repartir dinheiro com os mendigos das ruas. “Uma das lições de solidariedade de Francisco de Assis de que mais gosto de me lembrar aconteceu com os leprosos. Dava-lhes não somente pão. Cuidava deles a ponto de limpar suas feridas”, conta o Frei.

Ao longo de sua história centenária, o Bom Jesus oferece uma educação com base nos princípios franciscanos, a ponto de contribuir para o desenvolvimento integral de crianças e jovens como agentes solidários e transformadores da sociedade. Essa formação continua sendo um dos diferenciais das atividades desenvolvidas diariamente nas Unidades do Colégio Bom Jesus. Dois exemplos já consolidados para citar: o Projeto Virtudes e Atitudes, desenvolvido no âmbito da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio; e o Projeto Bom Jesus Social, que em cada uma das 33 Unidades situadas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em São Paulo e no Rio de Janeiro tem mobilizado professores e voluntários para a prática da solidariedade com os menos favorecidos.

Fonte: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/bom-jesus/guia-dos-pais/noticia/a-importancia-da-solidariedade-na-familia-na-escola-e-na-sociedade.ghtml