Leia os textos abaixo:

Texto I

Em discussão” (Revista de audiências públicas do Senado Federal) FONTE: http://www.senado.gov.br/noticias/jornal/emdiscussao/Upload/201003%20-%20junho/ pdf/em%20discuss%C3%A3o_junho_internet.pdf Ano 1 - Nº 3 - junho de 2010

Senado define destino para o lixo 

O projeto sobre a política de resíduos sólidos inova ao transformar em lei a exigência de logística reversa para produtos que ameaçam a saúde ou o meio ambiente, como já é feito com o lixo hospitalar e farmacêutico. Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes serão obrigados a manter uma estrutura para coletar embalagens e produtos após o uso. Os setores de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes (que contêm vapor de sódio ou mercúrio) e produtos eletroeletrônicos (e seus componentes) devem implantar essa coleta. A proposta permite ainda que essa exigência seja estendida a outros setores, como embalagens plásticas, metálicas e de vidro. A ideia é que a implantação da logística reversa comece pelas cadeias produtivas que, por resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), já têm essa obrigação.

 

Texto II

Quinta, 05 de abril de 2012 Lixo urbano: um desafio ambiental. Entrevista especial com Eleusis Di Creddo (TRECHO) FONTE: http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/508034-lixo-urbano-um-desafio-ambientalentrevista-especial-com-eleusis-di-creddo

“Hoje se composta 1% do que se gera, e se recicla 0,8%. São números muito vergonhosos para o Brasil”, constata o engenheiro civil. A falta de um destino adequado para o lixo urbano ainda é um dos principais problemas ambientais do Brasil, que concentra praticamente toda a produção de lixo dos 5.500 municípios do país em 4.600 lixões. De acordo com Eleusis Di Creddo, em entrevista concedida à IHU On-Line, o “lixão é um crime ambiental”, pois os resíduos depositados nesse ambiente contaminam o solo, os recursos hídricos e dão origem ao chorume, um líquido “mais poluidor do que o esgoto sanitário”. Conselheiro da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública – ABLP, o engenheiro destaca que são necessários 448 aterros sanitários para acabar com os lixões espalhados pelo país, como prevê a proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, que estima solucionar esse problema ambiental até 2014. Na avaliação dele, a falta de recursos públicos impede os municípios de investirem em coleta seletiva. “O problema principal é a questão de custo. Dos 5.500 municípios, 4.000 têm menos de 30.000 habitantes. Quer dizer, mais de 90% dos municípios brasileiros são pequenos e não têm, muitas vezes, nenhum sistema, nenhum departamento municipal de limpeza pública, não tem uma pessoa encarregada pelo serviço de limpeza da cidade, pelo tratamento e disposição do lixo”, informa na entrevista concedida por e-mail.

 

Texto III

2013 . Ano 10 . Edição 77 - 07/10/2013 FONTE:http://www.ipea.gov.br/desafios/

Os que sobrevivem do lixo, por Carla Lisboa.

Estudo inédito do Ipea revela que são 400 mil os catadores de resíduos no Brasil. Eles têm baixa escolaridade e a maioria é formada por homens, negros e jovens. A surpresa é que 58% contribuem para a Previdência, metade usufrui de esgoto em casa, quase um quinto tem computador e somente 4,5% estão abaixo da linha da miséria. São dois grandes problemas distintos, contudo tão interligados quanto gêmeos siameses. O primeiro são os lixões a céu aberto existentes em quase todos os municípios brasileiros. Trata-se de uma mazela de ordem ambiental com solução à vista. O outro problema é social – as legiões de brasileiros que sobrevivem nesses lixões como catadores de resíduos sólidos, uma das mais insalubres e indignas atividades econômicas humanas. Para resolver o problema dos depósitos de lixo a céu aberto, o Congresso Nacional aprovou, em 2010, uma lei instituindo uma política nacional para os resíduos; e o Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, determinou que os municípios têm até agosto de 2014 para criar aterros sanitários e iniciar a coleta seletiva. Até agora, 10% dos municípios tomaram providências. Contudo, trata-se de um problema de vontade política (ver box na página 62). A verdadeira encruzilhada está em como promover a inclusão social dos catadores. Mas quantos são eles? Onde estão e como vivem? Do que afinal precisam? Para tentar encontrar respostas a essas questões, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) fechou parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República e com a Secretaria de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado, publicado sob o título de Diagnóstico sobre Catadores de Resíduos Sólidos, apresenta uma radiografia que guarda uma série de novidades, algumas surpreendentes.

 

Com base nos textos, construa uma dissertação argumentativa, de 25 a 30 linhas, sobre o tema:

Lixões urbanos: uma questão socioambiental

 

OBSERVAÇÕES:

1. Seu texto deve ter, obrigatoriamente, de 25 (vinte cinco) a 30 (trinta) linhas.

2. Aborde o tema sem se restringir a casos particulares ou específicos ou a uma determinada pessoa.

3. Formule uma opinião sobre o assunto e apresente argumentos que defendam seu ponto de vista, sem transcrever literalmente trechos dos textos de apoio.

4. Não se esqueça de atribuir um título ao texto.

5. A redação será considerada inválida (grau zero) nos seguintes casos: – texto com qualquer marca que possa identificar o candidato; – modalidade diferente da dissertativa; – insuficiência vocabular, excesso de oralidade e/ou graves erros gramaticais; – constituída de frases soltas, sem o emprego adequado de elementos coesivos; – fuga ao tema proposto; – texto ilegível; – em forma de poema ou outra que não em prosa; – linguagem incompreensível ou vulgar; e – texto em branco ou com menos de 17 (dezessete) ou mais de 38 (trinta e oito) linhas.

6. Se sua redação tiver entre 17 (dezessete) e 24 (vinte quatro) linhas, inclusive, ou entre 31 (trinta e um) e 38 (trinta e oito) linhas, também inclusive, sua nota será diminuída, mas não implicará grau zero.