Expectativa de vida dos brasileiros aumentou, diz IBGE
A expectativa de vida cresceu três meses e 11 dias de 2016 para 2017, chegando a 72 anos e cinco meses para os homens, e 79 anos e quatro meses para as mululheres. Mas junto com a boa notícia vem os desafios com a saúde e aposentadoria.
O IBGE anunciou, nesta quinta-feira (29/11/2018), que os brasileiros estão vivendo mais. E esse aumento da expectativa de vida mexe também com gastos do governo.
A expectativa de vida segue aumentando no Brasil. Cresceu três meses e 11 dias de 2016 para 2017, chegando a 72 anos e 5 meses para os homens e 79 anos e 4 meses para as mulheres.
Além de viver mais, a expectativa de vida aumentou porque a mortalidade infantil vem diminuindo. Isso começou a acontecer em 1940. Naquela época, o risco de uma criança não passar dos 4 anos era quase 31% maior do que hoje. Viver mais é a ótima notícia que sai das estatísticas, junto com grandes desafios.
As diferenças regionais ainda são enormes no país. Enquanto em Santa Catarina a expectativa de vida passa dos 79 anos, no Maranhão ela não chega a 71.
A menor taxa de mortalidade infantil está no Espírito Santo: menos de nove óbitos por mil nascidos vivos. Chega a 23 por mil no Amapá, e 20 por mil no Maranhão.
Além de reduzir as desigualdades, será preciso fazer reformas e buscar recursos para cuidar dos anos a mais de vida, diz o economista da FGV Renan Pieri: "Para a gente conseguir continuar honrando a Previdência, a gente precisa garantir alguns parâmetros como idade mínima, por exemplo. Para que a previdência caiba no orçamento. E, com isso, com a reforma da Previdência e com uma possível reforma tributária, a gente vai ter mais recursos para poder fazer os investimentos em saúde".
Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/11/29/expectativa-de-vida-dos-brasileiros-aumentou-diz-ibge.ghtml
População mais velha não para de crescer e demora mais a sair do mercado
Um estudo feito com mais de 2.300 pessoas com mais de 55 anos constata que a conta do envelhecimento não fecha no Brasil. Essas pessoas, chamadas de maduras no levantamento, sustentam pais, filhos, netos e, na maioria dos casos, precisam continuar trabalhando para não deixar a roda parar. A pesquisa lança luz sobre as necessidades financeiras desse grupo que representa quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Intitulado Tsunami Prateado, o estudo relembra que, em 2050, o Brasil terá 68,1 milhões de pessoas maduras, enquanto que o país contará com apenas 14 milhões de crianças e adolescentes. Isso exercerá uma grande pressão financeira sobre esse grupo e sobre o sistema previdenciário. Com menos pessoas para sustentá-los, eles precisarão continuar trabalhando cada vez mais tempo para manter seus padrões de vida.
Padrão de vida que, aliás, não é lá grandes coisas, segundo os entrevistados. É frustrada a ideia de que, ao chegar nessa idade, seria a hora de curtir uma vida construída a partir de muito trabalho.
Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/populacao-mais-velha-nao-para-de-crescer-e-demora-mais-a-sair-do-mercado/