A carta 49
A carta 49 discute um tema muito relevante para Sêneca, abordado a fundo no livro “Sobre a brevidade da vida“. Nesta carta temos a principal ideia, ou seja, que a vida não é curta, mas as pessoas fazem mal proveito dela:
“fico com mais raiva que alguns homens reivindiquem a maior parte deste tempo para coisas supérfluas, tempo que, por mais cuidadoso que sejamos, não é suficiente até mesmo para as coisas necessárias.” (XLIX, 5)
“o bem na vida não depende do comprimento da vida, mas do uso que fazemos dela; também, é possível, ou mais comum, que um homem que tenha vivido muito tempo tenha vivido muito pouco. “(XLIX, 10)
Sêneca aborda também a técnica estoica de “premeditatio malorum“, a premeditação da adversidade, que é útil para “vacinar” nossas mentes contra infortúnios, trazendo satisfação com o que já temos e nos preparando para adversidades futuras:
Diga-me quando eu me deitar para dormir: “Você pode não acordar de novo!” E quando eu acordar: “Você não pode ir dormir de novo!” Diga-me quando sair de minha casa: “Não vai voltar!” E quando eu retornar: “Você nunca poderá sair novamente!” (XLIX, 10)
Conclui a carta com uma frase marcante:
“No nosso nascimento, a natureza nos tornou ensináveis, e nos deu razão, não perfeita, mas capaz de ser aperfeiçoada.”(XLIX, 11)
E cita um trecho de As Fenícias de Eurípides:
“A linguagem da verdade é simples.”(XLIX, 12)
O estoicismo pode ser encarado como um sistema para nos fazer prosperar em ambientes de alto estresse. Em seu núcleo, ensina como separar o que você pode controlar do que não pode e o treina para se concentrar exclusivamente no primeiro.
Sêneca escreveu 124 cartas ensinado filosofia ao seu amigo Lucílio. Até agora apenas algumas dessas cartas estavam disponíveis em português. O objetivo deste site é divulgar e debater uma tradução moderna e atual.
De acordo com os pensamentos acima e com seu conhecimento de mundo, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema: A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DE DESFRUTÁ-LA.