INSTRUÇÃO: Ao ler os textos e entender um pouco mais sobre o assunto, descreva uma redação dissertativa-argumentativa expondo seu pensamento sobre o tema: Efeitos da Lei Seca no Brasil

 

Texto I

 

Melhorias e conscientização com a Lei Seca

 

Uma das iniciativas do Departamento Nacional de Trânsito para aumentar a rede responsável por aplicar a lei é integrar os municípios ao Sistema Nacional de Trânsito: “Colocar os municípios como corresponsáveis nessa batalha pela vida aumenta consideravelmente as chances de resultados ainda melhores, uma vez que dentro das vias urbanas está o maior índice de acidentes dessa natureza [por embriaguez]”.

Em nota, o próprio departamento reconhece que ainda é preciso melhorar. “Entendemos que as fiscalizações são realizadas com pouca frequência, gerando uma sensação de impunidade em alguns locais, como por exemplo, nas cidades interioranas dos estados”.

De acordo com um estudo realizado com 53.034 pessoas maiores de 18 anos pelo Vigitel, que compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis do Ministério da Saúde, de 2011 a 2017, a frequência de adultos que admitem conduzir veículos motorizados após terem ingerido qualquer tipo de bebida alcóolica aumentou 16% em todo o país.

Para fugir das fiscalizações, muitos motoristas usam aplicativos de navegação e trânsito, como o Waze, onde os usuários avisam uns aos outros sobre a ocorrência de blitz. Sobre isso, o diretor-presidente do Detran de São Paulo Maxwell Vieira, chama atenção para a responsabilidade dos cidadões na redução das mortes no trânsito. “Não pode existir um aplicativo que avise as pessoas onde está ocorrendo uma blitz. É preciso lembrar que um esse tipo de motorista pode vir a matar um familiar seu”.

 

Trecho retirado da fonte: https://autoesporte.globo.com/carros/noticia/2018/06/lei-seca-em-10-anos-mortes-no-transito-caem-14-mas-fiscalizacao-precisa-melhorar.ghtml

 

Texto II

 

  • Antes da Lei Seca, o Código de Trânsito em vigor, aprovado em 1997, já limitava a ingestão até seis decigramas de álcool por litro de sangue. A legislação de 2008 tolerava o limite de 0,1 miligrama por litro (mg/l). Ela fixou punições que envolvem multas elevadas, perda da habilitação e recolhimento do veículo. No caso de acidentes com vítimas, o responsável deve responder a processo penal. Em 2012, uma modificação estabeleceria a infração a partir de 0,5 mg/l. Uma nova alteração em 2016 também intensificaria o rigor fixando a alcoolemia zero.
  • Um dado deste estudo que chama atenção é que o número de homens que assumem beber e dirigir é bem superior ao de mulheres. Considerando os dados de 2017 coletados em 27 capitais, 11,7% da população masculina afirmam cometer a infração, contra apenas 2,5% da população feminina.  A discrepância observada no recorte de gênero também salta aos olhos no estudo do CPES. Desde 2012, mais de 82% dos acidentados no trânsito e mais de 77 % dos mortos foram do sexo masculino.
  • Dados do estado de São Paulo mostram que as ações vêm se intensificando a cada ano. O número de multas mais que quadruplicou, saltando de 11,7 mil em 2008 para 45 mil em 2016. "A Câmara aprovou, no fim do ano passado, o Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito [Pnatrans]. É um instrumento que será importante. A partir dele, poderemos cobrar os estados, ver se eles estão cumprindo a legislação e reduzindo seus índices", acrescenta Hugo Leal.

 

Trecho retirado da fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-06/lei-seca-soma-dados-positivos-apos-10-anos-mas-levanta-questoes