INSTRUÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: "Falta de empatia nas relações sociais" 
 
Texto I 

Uma sociedade [a brasileira], diz, que está necessitada de “empatia, de compaixão e de coletividade”. Três componentes básicos que ajudariam este país a sair da crise em que vive. A empatia como capacidade de saber escutar e compartilhar, com o coração aberto, os lamentos de dor e de esperança dos que caminham a nosso lado, seja qual for sua crença. A compaixão para não fechar os olhos ao sofrimento dos outros, que costuma ser o nosso, embora às vezes o chamemos por outro nome. E a necessidade de coletividade, o esforço de juntar as mãos para construir a sociedade em que gostaríamos de viver. Sem essa consciência de comunidade, enredados no individualismo ou adormecidos nos sofás dos privilégios, dificilmente conseguiremos um país menos desigual.

 

Fonte: “O Brasil está precisando de empatia, compaixão e coletividade” / El País

 

Texto II

 

Acho que um dos problemas da política hoje é que estamos perdendo nossa capacidade de mudar de opinião. Obtemos visões e notícias de política das redes sociais, uma câmera de eco que só reforça o que pensamos. Perdemos então nossa capacidade de nos questionar, de sermos céticos. Isso alimenta um tipo de política muito negativa, pois não conseguimos nos colocar no lugar de outra pessoa. Passei os últimos 15 anos estudando e falando sobre a empatia porque ela diz respeito a tentar entender a perspectiva dos outros e reconhecer que às vezes nossa ideia do outro está totalmente errada. Julgamos pessoas, temos estereótipos e preconceitos, mas precisamos tentar encontrar a humanidade que todos temos em comum.

(…)

O grande desafio é tentar criar empatia com seus inimigos, tentar se colocar no lugar de gente com quem você discorda completamente. É uma coisa muito valiosa de se fazer. Se imaginar no lugar de outra pessoa não significa que você precisa concordar com ela. Eu costumava entrevistar oligarcas guatemaltecos, quando trabalhava como cientista político. Minha tese de doutorado envolvia conversar com essas pessoas, que financiavam esquadrões da morte na guerra civil daquele país. Eu não concordava com a visão de mundo deles, mas o que tentei fazer foi entender e isso foi algo valioso. Acho que há um poder em entender as visões de pessoas com as quais discordamos. Nos torna pessoas mais sábias, porque você pode vir a perceber que não é tão diferente deles como pessoa, ou pode aprender sobre algo que tenha as feito se tornar assim. É melhor saber mais sobre isso do que saber menos.

 

Fonte: O que acontece quando a política abandona a empatia / Nexo Jornal

 

Texto III

 

Fonte: https://tirasarmandinho.tumblr.com/