INSTRUÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: "Ensino remoto no Brasil: acertos e dificuldades para o contexto pandêmico"

 

Texto I

 

Nos últimos meses, pandemia e educação são assuntos que têm estado muito relacionados, uma vez que, desde que o distanciamento social teve início em razão da covid-19, a área educacional sofreu diferentes mudanças.Contudo, apesar de se tratar de um momento que é desafiador tanto para a escola quanto para pais e alunos, o ensino a distância também é uma oportunidade de quebrar resistências e acelerar mudanças necessárias para o futuro da educação.

Valorização do professor

Um dos principais aspectos positivos gerados para o setor da educação é, sem dúvidas, a valorização do professor — fator que deve alterar até mesmo a relação entre famílias e escola. Com o ensino a distância, a figura do professor passou a ser mais valorizada, pois tanto os pais quanto os alunos perceberam que ensinar é uma tarefa muito mais complexa e profunda do que supunham as pessoas adeptas da ideia do “homeschooling” (ensino domiciliar).

Uso de tecnologia em sala de aula

A área da educação tradicional costumava caminhar a passos lentos em direção à digitalização. Contudo, em razão da pandemia, o setor foi obrigado a se desenvolver e a acompanhar a evolução dos últimos anos da tecnologia. Em tempos de pandemia, foi necessário promover a utilização de novas tecnologias, metodologias ativas, entre outras soluções para que a educação a distância fosse viável. Com isso, até mesmo os profissionais que ainda não tinham se atualizado sobre as novas tecnologias tiveram que aprender a utilizá-la. Nesse sentido, a familiarização do profissional com a tecnologia também gera uma aproximação maior com os alunos que, em geral, estão acostumadas com os ambientes digitais. Como consequência, a tendência é que, quando as aulas presenciais retornarem, a tecnologia continue sendo utilizada por educadores e alunos.

Aproximação da família

Quando os pais se interessam pelos estudos de seus filhos, frequentam a escola e perguntam sobre lições, há uma melhora na aprendizagem da criança. Por sua vez, nos últimos tempos, os professores reclamavam com frequência do distanciamento dos pais, que passaram a delegar o papel da educação integralmente à escola. Durante a pandemia, os alunos e suas famílias se tornaram responsáveis, em grande parte, pelo aprendizado, em um grau mais elevado do que antes. Assim sendo, isso deve gerar uma solidariedade na educação, uma vez que houve um estreitamento nas relações.

[...]

 

Metodologias ativas

No campo educacional, as metodologias ativas — que fazem com que o aluno saia da passividade e se torne o centro do processo de seu aprendizado, proporcionando um aprendizado ativo e colaborativo — devem receber cada vez mais destaque. Até mesmo durante as aulas mediadas por tecnologia em razão da pandemia, também é possível trabalhar com as metodologias ativas, a fim de promover um aprendizado em busca do protagonismo autoral e participativo dos alunos. Além disso, a metodologia ativa ainda contribui para o desenvolvimento de habilidades que são importantes para o mundo de hoje, como empatia, exercício de resoluções de problemas, colaboração etc.

 

Fonte: https://blog.frs.edu.br/pandemia-e-educacao/

 

Texto II

 

Segundo atualização realizada pela Unesco, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado para Educação e Cultura, cerca de 1,5 bilhão de estudantes ao redor do mundo chegaram a ter suas aulas presenciais suspensas ou reconfiguradas, por conta da COVID-19. O contingente representa mais de 90% de todos os estudantes do planeta. Com o avanço da pandemia ocasionada pelo Coronavírus, as instituições educacionais precisaram alterar sua forma de educar, considerando que isto é feito a muitas mãos (gestores, professores, família e educandos). 

E como fazer isso?  

Países como Japão e Holanda fazem parte do grupo de risco para desastres naturais, como terremotos e tsunamis, segundo Relatório de Risco Mundial 2018 (tradução livre para World Risk Report 2018). Eles não fazem parte do grupo mais vulnerável, entretanto, porque se preparam para momentos de crise, incluindo seu sistema educacional. Alguns países do mundo, como o Brasil, não estavam preparados para essa alteração na forma de realizar a Educação Básica. A urgência da crise nos obrigou a aprendermos rápido, mesmo sabendo que todos somos novatos no momento. 

Então, veio à tona o Ensino Remoto de Emergência (ERE – que é diferente do Ensino a Distância, ou EaD), tornando-se a principal forma de as instituições escolares continuarem a cumprir seu papel de educar os estudantes. Neste contexto, os desafios e dificuldades enfrentados diariamente por professores, alunos e famílias, são inúmeros. Nenhum desses agentes educativos esperava utilizar o Ensino Remoto de Emergência em seu cotidiano. 

Professores da Educação Básica não são experts em darem aulas gravadas ou ao vivo via plataformas on-line; alunos não estão acostumados a assistirem videoaulas longas; pais não são professores e, portanto, não possuem conhecimento pedagógico para fazer o acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem no ensino remoto. Esses são alguns dos muitos desafios enfrentados pela comunidade escolar quanto ao novo formato (provisório e necessário) na Educação Básica. 

 

Fonte: https://blog.saseducacao.com.br/os-principais-desafios-do-aluno-no-ensino-remoto-e-como-supera-los-com-a-ajuda-da-bncc/

 

Texto III

 

O ensino remoto, a pandemia e a educação do faz de conta – SindoIF

 

Fonte: https://www.andes.sindoif.org.br/2020/05/24/o-ensino-remoto-a-pandemia/