Veja avanços da ciência que ganharam destaque e desafios que ficam para o próximo ano

Útero artificial, remédio com chip rastreável e edição de DNA estão entre progressos, mas a chegada de bactérias cada vez mais resistentes a medicamentos pede urgência nas pesquisas.

 

Edição de DNA de embriões humanos abre novas perspectivas para estudos (Foto: NeuPaddy/Pixabay/CC0 Creative Commons)Edição de DNA de embriões humanos abre novas perspectivas para estudos (Foto: NeuPaddy/Pixabay/CC0 Creative Commons)

Edição de DNA de embriões humanos abre novas perspectivas para estudos (Foto: NeuPaddy/Pixabay/CC0 Creative Commons)

A busca incessante da humanidade pelo conhecimento produziu, também em 2017, muitos resultados notáveis, vários deles registrados pelo G1.

Este ano fica marcado, por exemplo, como aquele em que cientistas conseguiram mudar o DNA de um embrião humano com uma técnica mais barata e mais precisa de edição de material genético, que se consolidou em 2017.

Guarde esse nome: Crispr (lê-se "crisper"). Com ele, muitas promessas da terapia genética – como a correção de doenças hereditárias – devem se tornar realidade. A técnica permite que um erro no DNA seja retirado e outro material, "correto", seja colocado no lugar.

O ano ainda teve outras novidades, como um registro inédito de uma colisão de estrela de nêutrons, o achado de um grande espaço vazio na Piramide de Gizé, e um útero artificial, mas deixa importantes desafios para o futuro, como os cortes no orçamento da ciência no Brasil.

Confira mais abaixo:

 

  • Colisão de estrelas de nêutrons
Ilustração mostra duas estrelas de nêutrons colidindo (Foto:  NSF/LIGO/Sonoma State University/A. Simonnet)Ilustração mostra duas estrelas de nêutrons colidindo (Foto:  NSF/LIGO/Sonoma State University/A. Simonnet)

Ilustração mostra duas estrelas de nêutrons colidindo (Foto: NSF/LIGO/Sonoma State University/A. Simonnet)

Uma observação que fornece muitas respostas a várias perguntas da ciência, como a origem do ouro, foi feita por cientistas nos Estados Unidos. Eles conseguiram observar uma colisão entre duas estrelas de nêutrons, um dos objetos mais densos do espaço. Para se ter uma ideia, as estrelas observadas na colisão tinham massas entre 10% e 60% maiores do que o Sol, estimaram os cientistas.

Com essa massa, a colisão se transforma em um dos eventos mais violentos do universo; e, por isso, astrônomos acreditam que uma explosão similar tenha dado origem a existência de vários elementos mais pesados da tabela periódica, como a platina e o ouro.

 

  • Crispr, técnica de edição de DNA, se consolida

Entenda o que é o Crispr

Entenda o que é o Crispr

Uma maneira rápida, fácil e mais barata de cortar o DNA que já vinha, em anos anteriores, trazendo importantes descobertas, foi aplicada em novos estudos este ano.

Chamada Crispr, a técnica rendeu uma série de artigos científicos pioneiros ao longo de 2017. Em artigo na “Nature”, foi publicada a correção de uma doença cardíaca usando o método. Também foram apresentadas tentativas para a cura do HIV, publicadas na "Cell Reports", além de um projeto que visa "ressuscitar" uma espécie extinta.

Os feitos com Crispr abrem também um grande debate ético, já que, entre outras coisas, permitiria a modificação de material genético humano antes do nascimento. Mas também pode ser a solução para uma série de doenças causadas por mutações genéticas.

A técnica pode ainda modificar o genoma de um vírus e de outros agentes causadores de doenças para que eles não causem mais dano. Vírus como o da Aids, por exemplo, podem, no futuro, perder a capacidade de atacar as células de defesa humana.

 

  • Avanço genético deve possibilitar que porcos 'criem' órgãos humano
Cientistas usaram técnica de edição de DNA para eliminar vírus de porcos (Foto: Egenesis)Cientistas usaram técnica de edição de DNA para eliminar vírus de porcos (Foto: Egenesis)

Cientistas usaram técnica de edição de DNA para eliminar vírus de porcos (Foto: Egenesis)

Um resultado notável obtido com o Crispr é o de um grupo de cientistas que conseguiu eliminar com sucesso nos Estados Unidos um vírus presente no DNA de 37 porcos, superando um dos maiores obstáculos à doação de órgãos do animal para seres humanos.

Experimentos mostraram que o vírus poderia "escapar" do material genético para infectar os tecidos humanos. A técnica pode, no futuro, viabilizar o xenotransplante, o transplante de órgãos entre diferentes espécies.

 

  • Os sete planetas da estrela Trappist-1
Ilustração: a estrela anã TRAPPIST-1 e sete planetas em sua órbita (Foto: NASA / JPL-Caltech)Ilustração: a estrela anã TRAPPIST-1 e sete planetas em sua órbita (Foto: NASA / JPL-Caltech)

Ilustração: a estrela anã TRAPPIST-1 e sete planetas em sua órbita (Foto: NASA / JPL-Caltech)

Em fevereiro, a Nasa anunciou a descoberta de sete novos planetas no sistema da estrela Trappist-1, localizada a 40 anos-luz do nosso Sol.

O artigo publicado na "Nature" revelou que eles têm um tamanho próximo ao da Terra e estão localizados em uma zona temperada, ou seja, com temperatura entre 0ºC e 100ºC. Isso significa que pode haver água líquida em sua superfície, o que, por sua vez, pode ser propício para o surgimento de alguma forma de vida. É um recorde de planetas deste tamanho e nessa zona de temperatura, afirmou a agência espacial americana.

 

  • Garantia de funcionamento do acelerador de partículas Sirius

 

Obras no Sirius, que deve ser inaugurado em junho de 2018 (Foto: Divulgação/CNPEM)Obras no Sirius, que deve ser inaugurado em junho de 2018 (Foto: Divulgação/CNPEM)

Obras no Sirius, que deve ser inaugurado em junho de 2018 (Foto: Divulgação/CNPEM)

Com o Brasil em crise, a ciência viu seu orçamento cair em mais de 40%. Cientistas, no entanto, conseguiram manter o projeto de funcionamento do Sirius, o acelerador de partículas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron ( LNLS), avaliado em R$ 1,3 bilhão. Trata-se de um dos projetos mais ambiciosos da ciência brasileira, sediado em Campinas (SP).

O projeto gerará uma luz de síncroton, capaz de conseguir imagens de estruturas muito pequenas em altíssima resolução. Além de avançar pesquisas em muitas áreas distintas, como a medicina, o acelerador vai revolucionar a pesquisa: um estudo que atualmente é feito em 10 horas em alguns dos equipamentos mais avançados do mundo poderá ser concluído em 10 segundos.

 

  • Novas descobertas sobre o zika
Vírus da zika causa microcefalia em bebês, entre outras malformações (Foto: AP Photo/Felipe Dana)Vírus da zika causa microcefalia em bebês, entre outras malformações (Foto: AP Photo/Felipe Dana)

Vírus da zika causa microcefalia em bebês, entre outras malformações (Foto: AP Photo/Felipe Dana)

Em 2016, com o vírus da zika, o Brasil enfrentou, ao mesmo tempo, um problema grave de saúde pública e um mistério científico. Isso fez com que o país tivesse que agir sem ter resposta para muitas questões sobre a doenças – e muitas delas, de fato, só estão começando a se esclarecer agora. Em 2017, as evidências de que o vírus está por trás das anomalias aumentaram – como a relação entre problemas de visão em bebês e a infecção pelo vírus. Cientistas confirmaram que o vírus não é transmitido pela saliva.

Também surgiram testes mais rápidos para a detecção do vírus e os cientistas identificaram uma mutação que teria surgido em 2013 e poderia explicar o porquê do vírus ter sido mais nocivo no Brasil. Uma outra pesquisa mostrou que o zika age como o HIV, ataca células de defesa, e derruba o sistema imunológico de gestantes. Além disso, surgiram novas evidências mostrando que o pernilongo comum pode transmitir o vírus.

As evidências sobre o zika foram além, até o ponto em que ele poderá ser usado em nosso favor. Pesquisa publicada no "The journal of experimental medicine" em setembro mostrou que o vírus conseguiu destruir em cobaias um dos tumores de cérebro mais letais: o glioblastoma.

Este ano avançaram também as buscas por uma vacina. O Instituto Evandro Chagas, no Pará, apresentou resultados em camundongos e primatas e deve iniciar os testes em humanos em 2018. Além disso, pesquisadores investigam se um medicamento utilizado contra o Alzheimer pode ser útil para conter a progressão do zika. E a Fiocruz testou medicamento contra a hepatite C que pode ser útil no combate ao zika.

 

  • O grande vazio da Pirâmide de Gizé

Após dois anos de estudos na 'Grande Pirâmide de Gizé' (Egito), cientistas descobriram que há um grande espaço vazio no interior monumento, ainda não acessado. Eles estimam que o vazio tem pelo menos 30 metros de comprimento. A revista "Nature" classificou o achado como a principal descoberta no interior da pirâmide desde o século XIX.

Ainda não se sabe o porquê desse vazio ou a função dele, já que sua existência foi constatada de forma indireta para evitar danos à pirâmide. Cientistas, no entanto, comemoram a descoberta que só foi possível após o surgimento de técnicas modernas da física. A pirâmide é estudada há mais de 200 anos e esse achado pode ajudar a desvendar os mistérios sobre a sua construção.

Grande pirâmide de Gizé: espaço vazio escondido foi encontrado após uso de raio-x cósmico (Foto: Betta Jaworski e Igor Estrella/G1)Grande pirâmide de Gizé: espaço vazio escondido foi encontrado após uso de raio-x cósmico (Foto: Betta Jaworski e Igor Estrella/G1)

Grande pirâmide de Gizé: espaço vazio escondido foi encontrado após uso de raio-x cósmico (Foto: Betta Jaworski e Igor Estrella/G1)

 

  • Útero artificial pode ajudar bebês prematuros
 Ilustração mostra sistema que imita útero que poderá ser usado, no futuro, em casos de bebês prematuros; em testes, carneiros cresceram por quatro semanas dentro do "útero artificial"  (Foto: Children’s Hospital of Philadelphia via AP) Ilustração mostra sistema que imita útero que poderá ser usado, no futuro, em casos de bebês prematuros; em testes, carneiros cresceram por quatro semanas dentro do "útero artificial"  (Foto: Children’s Hospital of Philadelphia via AP)

Ilustração mostra sistema que imita útero que poderá ser usado, no futuro, em casos de bebês prematuros; em testes, carneiros cresceram por quatro semanas dentro do "útero artificial" (Foto: Children’s Hospital of Philadelphia via AP)

Em estudos pré-clínicos em cordeiros, pesquisadores conseguiram simular o ambiente do útero e as funções da placenta, criando um útero "artificial" que pode ajudar bebês prematuros a continuarem o seu desenvolvimento. Cientistas acreditam que o feito pode reduzir drasticamente as taxas de morte entre recém-nascidos.

 

  • Estados Unidos aprovam pílula digital

 

Sensor em pílula envia dados para aplicativo com informações sobre uso (Foto: Proteus Digital Health)Sensor em pílula envia dados para aplicativo com informações sobre uso (Foto: Proteus Digital Health)

Sensor em pílula envia dados para aplicativo com informações sobre uso (Foto: Proteus Digital Health)

Em meio a polêmica, uma pílula digital rastreável, que informa se e quando um medicamento foi ingerido, foi aprovada nos Estados Unidos. Indicada para o tratamento de pacientes psiquiátricos, trata-se de um sensor acoplado ao aripiprazol, um antipsicótico já usado para o tratamento de distúrbios mentais, como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar.

O sistema informa a data e a hora da ingestão da pílula e também alguns dados de atividade fisiológica do medicamento que podem ser úteis para um melhor entendimento da ação da terapia. A ideia é que a pílula possa contribuir para uma maior adesão ao tratamento em pacientes cujas características do distúrbio podem afetar a habilidade de manutenção da terapia por um longo período de tempo. Críticos, no entanto, levantam preocupações quanto à privacidade desses dados, que estarão na rede.

 

Desafios para o ano que vem

 

  • Orçamento da ciência no Brasil

 

Centenas de manifestantes se reúnem no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, em protesto em defesa da ciência (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)Centenas de manifestantes se reúnem no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, em protesto em defesa da ciência (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)

Centenas de manifestantes se reúnem no Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, em protesto em defesa da ciência (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)

O orçamento da ciência e tecnologia no país caiu drasticamente esse ano. Dos R$ 8,7 bilhões em 2014, o orçamento despencou para R$ 3,7 bilhões em 2017. Aparelhos parados e falta de verba para a pesquisa comprometeram estudos em andamento e, inclusive, o investimento já feito em anos anteriores em pesquisas.

Cientistas organizaram protestos no Brasil, como a Marcha para Ciência. Cartas de repúdio e até a manifestação de ganhadores do Nobel em favor da ciência brasileira foram divulgadas. Na mensagem, o grupo cita que os cortes podem comprometer o futuro do país e que grupos de pesquisa brasileiros renomados internacionalmente seriam afetados.

 

  • Superbactérias se consolidam como problema de saúde pública
Imagem de microscopia eletrônica mostra bactéria multiresistente da pneumonia interagindo com uma célula de defesa humana  (Foto:  Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID)/EUA)Imagem de microscopia eletrônica mostra bactéria multiresistente da pneumonia interagindo com uma célula de defesa humana  (Foto:  Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID)/EUA)

Imagem de microscopia eletrônica mostra bactéria multiresistente da pneumonia interagindo com uma célula de defesa humana (Foto: Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID)/EUA)

2017 foi um ano em que o fenômeno das superbactérias se estabeleceu ainda mais como um problema de saúde pública global. Esses micro-organismos ganham "força" e se tornam resistentes à maioria dos antibióticos. "A resistência antimicrobiana é uma emergência de saúde global", declarou Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, em setembro deste ano.

Apenas para a tuberculose, cuja forma resistente mata 250 mil pessoas anualmente, a OMS avalia a necessidade de investimentos superiores a 800 milhões de dólares anuais para que o desenvolvimento de novas drogas seja possível.

A entidade alertou para a falta de novos antibióticos e pediu novos investimentos. A organização listou ainda 12 superbactérias para as quais não há tratamento disponível hoje.

Entre as recomendações para conter o avanço desses micro-organismos, a OMS exortou que antibióticos não sejam usados em animais saudáveis -- segundo a entidade, o fenômeno contribui para que superbactérias sejam transmitidas a seres humanos via alimentação ou outras rotas de transmissão.

 

  • Apesar dos avanços, zika ainda é desafio

 

Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)

Imagem é representação da superfície do vírus da zika; equipe de cientistas conseguiu determinar a estrutura do vírus pela primeira vez (Foto: Universidade Purdue/Cortesia)

Mesmo que as pesquisas continuem a todo o vapor, ainda há muitas questões a serem esclarecidas sobre o vírus da zika. Desde o início da epidemia, em 2016, ainda não está claro por que o Nordeste registra o maior número de casos no Brasil. Além disso, falta um tratamento eficaz para tentar conter o avanço do vírus da zika após infecção -- principalmente em se tratando de mulheres gestantes. O investimento em uma vacina eficaz deve continuar, mas com cuidado, já que uma vacina da dengue disponível acabou por deflagrar a doença em alguns pacientes que não tinham entrado em contato com o vírus.

Também falta avaliar, de fato, qual é o peso do pernilongo (culex) na transmissão. Um outro ponto é sobre questões que envolvem infecções cruzadas e produções de anticorpos-- estudos demonstraram, por exemplo, que infecções por dengue podem ajudar a proteger contra o zika, mas cabe avaliar melhor qual a interação entre esses diferentes vírus no corpo humano.

 

Em junho, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a saída do país do Acordo de Paris, pacto feito por mais de 190 países em 2015 para conter o avanço do aquecimento global. Na época, sob o comando de Obama, os Estados Unidos concordaram em diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa para que o aumento da temperatura do planeta não ultrapassasse 2ºC em 2030.

A notícia é um baque também para a ciência porque a negociação é toda baseada nas evidências levantadas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), um imenso fórum de pesquisadores de todo o mundo que levantou inúmeras evidências da interferência do ser humano nas mudanças climáticas.

O aquecimento global já é relacionado a alguns eventos no planeta, como a do furacão Irma nos Estados Unidos, e problemas de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o aquecimento global altera a distribuição de animais vetores de doenças e intensifica ondas de calor e inundações, além de piorar a qualidade do ar, o saneamento e a nutrição.

Apesar de entidades exortarem sobre as questões relacionadas ao aquecimento do planeta, a COP 23, conferência do clima da ONU que aconteceu em Bonn (Alemanha) em novembro, seguiu sem um comprometimento formal dos Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases causadores do efeito estufa. Governadores e empresas independentes, no entanto, compareceram ao evento e se comprometeram a continuar a garantir a diminuição de CO2.

Além disso, a Organização das Nações Unidas anunciou em outubro que as metas previstas no acordo representam apenas um terço do que é necessário para combater as mudanças climáticas. Relatório apontou que governos e envolvidos "precisam aumentar urgentemente a ambição".

Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/veja-avancos-da-ciencia-que-ganharam-destaque-em-2017-e-desafios-que-ficam-para-o-proximo-ano.ghtml

 

Dados os conceitos acima, redija um texto dissertativo-argumentativo em prosa, que esteja de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa e envie-nos para correção.

Boa sorte!