Crise econômica pode voltar a colocar o Brasil no mapa da fome

Em 2016, entre 2,5 milhões e 3,6 milhões de pessoas voltaram a viver abaixo do limiar de pobreza

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) falou aos jornalistas depois da sessão de encerramento da Reunião de Alto Nível sobre Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realizou entre segunda-feira e hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

De acordo com o Banco Mundial, cerca de 28,6 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2004 e 2014, mas também avalia que, em 2016, entre 2,5 milhões e 3,6 milhões de pessoas voltaram a viver abaixo do nível de pobreza.

José Graziano da Silva referiu, recentemente, aos meios de comunicação brasileiros que estes 2,5 a 3,6 milhões de pessoas fazem parte de uma população flutuante que vive em torno da linha da pobreza. São pessoas que não conseguiram vencer ainda a pobreza extrema.

"Agora aparece uma nova esperança com as projeções de crescimento para este ano de 2018 e para o próximo. O Brasil tem uma população muito jovem, então o país tem de crescer num ritmo maior em relação à taxa de crescimento da população jovem. Isso significa crescer, pelo menos, 2% ao ano, coisa que não acontece há três anos", referiu Graziano da Silva.

"O crescimento do desemprego preocupa-nos muito e principalmente, preocupa-nos os cortes dos programas sociais por dificuldade fiscal que o Governo enfrenta neste momento. Estas situações é que são a grande ameaça", indicou o diretor-geral da FAO, que foi um dos principais elementos da elaboração do programa Fome Zero, lançado no Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011), com o objetivo do combate à fome e as suas causas estruturais.

No Brasil em 2003, existiria cerca de 44 milhões de pessoas ameaçadas pela fome.

Hoje, o programa do Governo de Lula da Silva chama-se Brasil Sem Miséria -- criado em 2011 ainda no Governo de Dilma Rousseff (2011-2016) - e continua a implementar uma série de medidas do Fome Zero, como o Bolsa Família (programa de transferência de renda para famílias carenciadas).

Entretanto, com a crise económica que abala o Brasil, o Governo do Presidente Michel Temer fez cortes significativos nos programas sociais.

Na sessão de encerramento da Reunião de Alto Nível sobre Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável na CPLP foi assinada pelos membros de cada país do bloco lusófono, e também por José Graziano da Silva, a Carta de Lisboa pela Agricultura Familiar na CPLP.

Fonte: https://www.dn.pt/mundo/interior/crise-economica-pode-voltar-a-colocar-brasil-no-mapa-da-fome---fao-9104110.html

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