INSTRUÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: "A contribuição da música como linguagem e comunicação"

 

Texto I

 

Quando nos referimos a funções mentais relacionadas com a linguagem, imediatamente as correlacionamos com a atividade e participação ao nível da comunicação, relação e interação social. Por outro lado, quando falamos em música, torna-se mais difícil esta correlação, uma vez que no imediato a associamos ao lazer, à performance e à cultura. No entanto, a música tem sido considerada um fenómeno responsável por causar reações emocionais singulares, por promover o aproximar (e afastar) da espécie humana, por criar sentimentos de união de grupo e funcionar como mediadora de comunicação e interação social. Tendo em conta todos estes fatores, é de comum acordo considerar a música um fenómeno biopsicossocial.

Ao longo do tempo, o ser humano tem encontrado artefactos que comprovam que a música acompanhou a evolução da espécie, despertando interesse como objeto de estudo nas áreas das neurociências, biologia, saúde, antropologia, musicologia, etc. Darwin, em 1871, considerou a hipótese de que as origens das nossas competências de comunicação tenham surgido de uma forma de comunicação intermediada pela música.

Hoje em dia, a música tem um consumo muito alargado, acompanhando o ser humano no seu dia a dia. No entanto, apesar do uso diário, quase banal, a música é uma ferramenta, cada vez mais, utilizada na área da saúde. Enquanto ferramenta pode ser promotora de estados de saúde, sendo cada vez mais explorada por diversos profissionais, que a adaptam aos domínios das suas disciplinas, entre os quais, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala e musicoterapeutas.

Atualmente, a forma como encaramos a música no campo das neurociências sofreu também grandes mudanças. Com o desenvolvimento de técnicas nas neurociências cognitivas e no campo da imagiologia, têm sido conduzidos inúmeros estudos ao nível da música e funções mentais.

Segundo  Patel (2008), o papel central da música e da linguagem na existência humana e, o facto de ambas envolverem sequências sonoras complexas e significativas, tem naturalmente convidado/promovido a comparação entre os dois domínios. A oportunidade de explorar as diferenças e as semelhanças entre a música e a linguagem, pode proporcionar um conhecimento mais aprofundado das nossas competências únicas ao nível da comunicação.

  • A música partilha muitas características com a linguagem verbal, entre elas:
  • A universalidade e exclusividade na condição humana;
  • As características rítmicas, timbricas e tonais;
  • Utilizarem recursos auditivos, visuais e vocais;
  • Possuírem características multiculturais;
  • Permitirem a interação social, a relação e a comunicação.

Na interação musical, tal como na interação verbal, é condição necessária e essencial que exista um remetente, um receptor e uma mensagem. Este facto levou muitos teóricos a considerarem a música como uma forma de comunicação. Tendo em conta a reciprocidade, a fugacidade, a dinâmica e a ativação na comunicação verbal e musical durante as interações, pode-se concluir que cada parceiro de comunicação afeta o outro. Assim, estas características aumentam as possibilidades de utilização da música como ferramenta terapêutica, sobretudo ao nível da comunicação e no estabelecer do vínculo terapêutico.

[...]

 

Fonte: https://seedgo.pt/como-a-musica-se-relaciona-com-a-linguagem-e-a-comunicacao/ 

 

Texto II

 

A Música é considerada uma linguagem universal?

Pode-se classificar a música como uma linguagem universal. Portanto seja qual for o idioma falado a música tem partes constituintes, como a melodia, harmonia, as notas e as pautas, que tornam comuns universalmente. Estas partes tornam-se mais relevantes por serem de fácil leitura e interpretação para quem vive da música. Assim sendo cada vez mais se vê a música como transmissora de mensagens e como esta é relevante para o processo de Comunicação.

 

Como pode a Música influenciar a Comunicação?

A música é um canal de comunicação fundamental, já que este oferece vários significados, em que as pessoas acabam por partilhar emoções, intenções e significados. Esta vertente sonora é influenciadora de efeitos comportamentais em que podem ser produzidas inúmeras emoções, através das variantes expressões musicais desenvolvidas por músicos qualificados.

Desta forma a Música é aquilo que se faz com e para a outra pessoa. Aliás contém propriedades comunicativas capazes de oferecer uma linha do tempo da interação humana. O ser Humano passa por vários estágios, à medida que avança com a idade, que acabam por influenciar a forma como interpretam aquilo que ouvem. Têm o mesmo emissor, contudo pode chegar ao receptor com diferentes significados, daí a complexidade da música para a sociedade.

 

É possível interferir nas emoções e memória humanas através da junção destes modos de comunicar?

No momento em que é tocada a música é provocado no nosso cérebro, imensos estímulos, como a alegria, o prazer, a vontade de dançar e até a tristeza, angústia, depressão e a vontade de estar isolado do resto da sociedade. A música é um meio que retém e provoca vários estímulos, várias emoções e memórias, que contribui para o desenvolvimento social, pessoal, emocional, comunicacional, motor e cognitivo.

As emoções podem ser vistas como uma organização de respostas neuronais e um estímulo real ou imaginário, em que a resposta é adaptada face às vivências do ser humano. Desta forma as alterações ambientais podem criar respostas intensas devido a uma sincronização de diferentes componentes.

 

Fonte: http://especializa-te.pt/a-musica-como-forma-de-comunicacao/