INSTRUÇÃO: A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: "O uso generalizado de máscaras, deveria se tornar um hábito mesmo após o fim da pandemia?"

 

Texto I

 

Em entrevista à CNN, o infectologista Álvaro da Costa, do Hospital das Clínicas de São Paulo, disse que o uso de máscaras e o hábito de lavar as mãos deve permanecer nos próximos anos, mesmo com o fim da pandemia do coronavírus, especialmente no período de inverno quando há maior circulação de vírus respiratórios.

"No ano passado e neste ano estamos ensinando para a população estes dois fatores para a prevenção de vírus respiratórios. Talvez seja um legado que vai ficar para os próximos anos. No inverno, quem tiver sintoma, vírus respiratórios, terá que utilizar a máscara e lavar as mãos com frequência.”

Álvaro da Costa afirmou que é preciso que o uso da proteção seja correto para ser efetivo. "A gente deve usar uma barreira de uma forma consistente, utilizando a máscara e trocando a máscara na periodicidade indicada." 

O infectologista defende que mesmo após toda a população ser vacinada, as máscaras ainda serão usadas, quando necessário, já que todos aprenderam que qualquer vírus respiratório se transmite pelo ar. “Vai chegar um momento, quando a gente tiver uma cobertura vacinal significativa, que a gente vai ter uma real diminuição de casos da Covid-19, mas vai ficar esse legado."

 

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/

 

Texto II

 

máscara, item de proteção obrigatório durante a pandemia, deverá se tornar um hábito permanente na vida das pessoas. As autoridades sanitárias de muitos países admitem a possibilidade de obrigatoriedade do uso da proteção facial mesmo depois do avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19.

Em entrevista a Cultura, o professor Carlos Magno Fortaleza, membro do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, diz que o Brasil deverá adotar alguns hábitos da cultura oriental, de usar máscara sempre que estiver doente para evitar a disseminação de um vírus.

“Talvez neste momento nós precisamos repetir esse uso de mascara quando estivermos resfriados e talvez estender o uso de mascara em outras situações de aglomeração na vida social”, avaliou Fortaleza.

Fortaleza garante que a população precisará manter as medidas não farmacêuticas, como máscara e distanciamento social, por muito tempo.

 

Fonte: https://cultura.uol.com.br/

 

Texto III

 

Enquanto pessoas de diferentes países se adaptam a esse novo hábito, o Japão já usa a máscara como elemento de sua vida cotidiana há décadas - ou mesmo séculos. "Quando alguém está doente, por respeito, usa a máscara para evitar infectar os outros", disse à BBC Mitsutoshi Horii, professor de sociologia da Universidade Shumei, no Japão. "Mas não é a única razão pela qual os japoneses têm esse hábito. Não é apenas uma prática coletiva desinteressada, mas um ritual autoprotetor", acrescenta.

Vários analistas apontam que o uso generalizado da máscara, observado na sociedade japonesa há décadas, é uma das razões por trás da baixa taxa de infecções e mortes por covid-19 (até 1 de dezembro, Japão registrava cerca de 149,6 mil casos e um total de 2.082 mortes).

O Japão tem a segunda taxa de mortalidade mais baixa (1,6 a cada 100 mil habitantes) entre os sete países considerados as maiores economias do planeta (EUA, China, Alemanha, França, Reino Unido e Canadá). Nesse quesito, fica atrás apenas da China, cuja taxa é de 0,3 — o país registrou, até 1 de dezembro, 92,9 mil casos de covid e 4,7 mil mortes.

Após a epidemia de Sars, apontam Horii e Sand, o que aconteceu foi um fenômeno de "fazer o que os outros começaram a fazer" e que ajudou a popularizar a máscara.

"No novo milênio, as máscaras no Japão se tornaram onipresentes, não tanto por causa de diretrizes estatais ou aspirações cosmopolitas, mas por causa do que é conhecido na psicologia como uma 'estratégia de enfrentamento' e uma escolha estética", diz Sand. A estratégia de enfrentamento, de acordo com a teoria, abrange os recursos externos e internos que uma pessoa usa para se adaptar a um ambiente estressante. Um dos maiores testes do hábito público de cobrir a boca na cultura japonesa foi a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que atingiu o sudeste da Ásia em 2003.

 

Fonte: https://www.bbc.com/