Depois de ler os textos-base, desenvolva uma dissertação em prosa que verse sobre o seguinte tema: O ESPORTE COMO FERRAMENTA INDISPENSÁVEL PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL.

 

 

Daniel na unidade do Instituto Primeiro Serviço em Tamboré, na academia Slice

Para não ficar de fora do jogo: como a educação aliada ao tênis pode promover inclusão social

ARTIGOS
Hoje vamos conhecer histórias de jovens que têm algo em comum: a sede de aprender e transformar suas vidas por meio do esporte.

Veja a seguir as particularidades e narrativas de cada um deles, que encontraram no tênis uma paixão, e mesmo com dificuldades, persistiram para continuar treinando, estudando e evoluindo na profissão.

Salomão - a busca pelo CREF

Salomão conta que considera o tênis sua vida. Apaixonado por esporte, está sempre em quadra aprendendo, ensinando e jogando. Inspirado pelo seu ídolo, Rafael Nadal, também tem sangue nos olhos para ir atrás do que quer, mesmo em condições desfavoráveis.

Morador da Vila Sônia (SP), com 25 anos, Salomão trabalha e faz faculdade de Educação Física. Agora, está no 8º semestre e concluirá o curso esse ano, mas conta que já teve grandes dificuldades financeiras para continuar sua formação: "Ia trancar a faculdade por não ter mais condições de pagar. Como eu tinha que contribuir para algumas contas dentro de casa, meu salário não era o suficiente. Eu sempre procurava negociar com a universidade, pagando apenas as rematrículas. Até que chegou um certo momento que não consegui mais."

Porém, viabilizamos recursos para reverter a situação e contribuir para a retomada de Salomão ao curso: "Graças ao Instituto Primeiro Serviço continuei estudando e estou quase me formando. Além disso, fiz aulas online que estão ajudando muito no meu desenvolvimento profissional. Melhorei muito o meu rendimento nos treinos e vejo as pessoas do instituto como uma família. "

Com uma condição financeira melhor, ele declara que gostaria de investir na sua educação e realizar uma pós-graduação. Seu maior sonho é montar a própria academia e formar atletas profissionais.

Salomão no treino na unidade central que fica no Brooklin
Salomão no treino na unidade central que fica no Brooklin

Gleidson - a conquista do ingresso na faculdade

Gleidson conheceu o tênis como catador de bolinha. Aos poucos o esporte o conquistou e ele aprendeu a jogar. Mesmo sem recursos, o aluno sempre foi um caso incomum: aprendia técnicas rapidamente, práticas e movimentos que a maioria das pessoas demoram anos para aprender e com muitas horas de aula.

Com essa facilidade, logo se tornou "professor clandestino'', ou seja, sem registro no CREF (Conselho Regional de Educação Física) que se obtém no término da faculdade do curso a e é o sonho de muitos alunos que não conseguem ingressar na universidade devido à falta de recursos financeiros, como era seu caso.

Morador de Paraisópolis (SP), Gleidson, com 23 anos, precisou se afastar das quadras por 5 anos para ajudar a família. Hoje, o cenário mudou: "Terminei o Ensino Médio faz anos e o Instituto Primeiro Serviço me ajudou a ingressar na faculdade. Estou me sentindo feliz porque consegui ingressar em Educação Física. Acredito que portas irão se abrir e vou crescer profissionalmente."


Renan e Daniel - a batalha para continuar treinando

Renan e Daniel aprenderam a jogar tênis com um projeto social e se apaixonaram pelo esporte. Daniel, quando pisou em uma quadra de saibro pela primeira vez, fez algo impressionante: jogou de igual para igual com alunos do treino competitivo da academia. Porém, com a necessidade de contribuir financeiramente para a família, os dois quase se afastaram definitivamente do esporte.

Renan precisou largar o tênis para trabalhar e o sonho de jogar ficou de lado por um bom tempo. Daniel, sem condições de fazer faculdade, iria parar de estudar e jogar pois também precisava trabalhar.

Foi aí que o Instituto Primeiro Serviço apareceu na vida dos dois.

Renan ganhou bolsa na faculdade de Educação Física e, agora, além de trabalhar, joga e participa de torneios.

Daniel também conseguiu entrar na faculdade e continua treinando. Em breve conseguirá um emprego de auxiliar de quadra.

Da esquerda para direita Renan, Salomão, Fabrício e Ytalo na Paraisópolis.
Da esquerda para direita: Renan, Salomão, Fabrício e Ytalo na Paraisópolis

Harrelson e Derick - a jornada para crescer na profissão

Harrelson, assim como diversos alunos do Instituto Primeiro Serviço, também teve seu primeiro contato com o tênis como catador de bolinhas. Ele iniciou a carreira no Clube Harmonia e seguiu carreira na academia do Meligeni (ex-tenista profissional brasileiro e atual professor do instituto) porém, na época, nem sabia quem era o atleta.

Aos poucos, com o trabalho, Harrelson foi aprendendo a jogar tênis e se encantou; mas, como precisava pagar a faculdade, não tinha condições de treinar (pois praticar é caro). A possibilidade de treinar e ter a bolsa para os estudos o levou ao instituto. Hoje, com 21 anos, o jovem comenta: "O Primeiro Serviço está ajudando a me descobrir profissionalmente."

Derick, 18 anos, morador da Vila Império, também foi pegador de bola no Clube Monte Libano e logo se apaixonou pelo tênis. O jovem não tinha condições financeiras para treinar e assim entrou para o Instituto Primeiro Serviço. Por ser muito dedicado, conquistou uma bolsa na faculdade e um emprego como auxiliar de quadra na Tennis Lounge (academia parceira).

Ele comenta sobre o papel do instituto na sua vida: "O Instituto Primeiro Serviço contribuiu tanto na vida profissional quanto na pessoal. Tenho muitas pessoas boas ao meu lado, consigo receber diversos feedbacks construtivos. A cada dia o instituto proporciona mais ferramentas de conhecimento e abre portas para o mercado de trabalho".

Fabrício - a um passo do sonho de entrar na universidade

Fabrício começou a jogar tênis em um projeto social que atuava onde ele mora, na comunidade de Paraisópolis (SP). Ele foi pegador de bolinha e parou de estudar quando estava no primeiro ano do Ensino Médio.

Quando entrou para o Primeiro Serviço, estudar era uma condição. Hoje, com 18 anos, Fabrício é auxiliar de quadra do próprio instituto e agora, com carteira assinada - o primeiro emprego formal - está terminando o Ensino Médio e quer fazer faculdade de Educação Física e Fisioterapia. Ele fala sobre sua experiência: "O instituto vem me proporcionando grandes ensinamentos e oportunidades dentro e fora de quadra. Meu sonho e objetivo é me formar na faculdade e ter um bom emprego para poder colocar minha família em outro lugar que não seja nas comunidades."

Essas narrativas são ótimos exemplos do papel do Primeiro Serviço na vida dessas pessoas. Queremos promover a mobilidade social e dar o suporte necessário aos jovens que se identificam com o tênis para se manterem na profissão, porém só com a sua participação essa intenção se tornará realidade. Você pode contribuir com bolsas de estudos, com a geração de novas perspectivas e oportunidades. Nós garantimos o treino e contribuímos para a entrada e permanência na faculdade, e isso faz com que as possibilidades de atuação no mercado de trabalho aumentem. Resultado: os jovens conseguem continuar treinando e ingressam em grandes clubes ou academias.
Fonte: https://primeiroservico.org/tpost/h7tthm0gj1-para-no-ficar-de-fora-do-jogo-como-a-edu?gclid=Cj0KCQjwtMCKBhDAARIsAG-2Eu8f2Js9-lRqEukNnkKLDH8nA0Nr1fg6HmqbSqhhllD-RKg9Pe0P0_waAmrdEALw_wcB