A partir dos textos motivadores a seguir e do seu conhecimento de mundo, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema DIFERENTES INTERESSES DE EMPRESAS E CLIENTES E OS LIMITES DA PRIVACIDADE DIGITAL.

 

Entenda como a privacidade digital deve ser tratada pelas empresas e pelos clientes e conheça o que a legislação brasileira prevê

 

Talvez, essa seja uma das perguntas mais inquietantes que alguém pode nos lançar. Somos mais de 126,4 milhões de brasileiros usuários da internet, representando cerca de 69,8% da população com 10 anos ou mais. Ao redor do mundo, cerca de 4 bilhões de pessoas usam a rede mundial, sendo que 2,9 bilhões delas fazem isso pelo smartphone. Neste cenário, pensar em privacidade digital é (quase) utópico. Uma vez na rede, a informação está registrada para sempre: deixamos rastros que podem ser descobertos a qualquer momento.

Ainda assim, mesmo diante de tamanha exposição, essa é uma discussão que precisa ser feita. Ela é importante, inclusive, para trazer mais clareza e consciência para os usuários. Vale lembrar, por exemplo, que não são apenas as redes sociais que expõem as pessoas. Basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado por diferentes empresas e provedores.

A questão central não se resume somente à política de privacidade da plataforma X ou Y, mas, sim, ao modo como cada sociedade vêm estruturando a sua política de proteção de dados. Veja, a seguir, como esse tema deve ser tratado pelas empresas e pelos clientes e conheça o que a legislação brasileira prevê.

# Segurança de dados como prioridade zero

A segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para qualquer tipo de empresa. Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes, as organizações têm um universo de dados institucionais que precisam ser salvaguardados.

Contudo, quando além das informações internas, a empresa precisa gerir os dados pessoais dos clientes também, esse cuidado na segurança precisa ser redobrado. Essa estratégia de gestão de dados pode ser sustentada em três pilares centrais:

1. Ser transparente deixando claro o que é oferecido a partir dos dados que os clientes fornecem;
2. Solicitar dados razoáveis, ou seja, somente aqueles que realmente serão usados para o cliente utilizar um determinado serviço;
3. Garantir a segurança da informação a cada cliente, trabalhando para que não seja possível mapear de quem são aqueles dados.

Mesmo que a maioria das empresas consiga apoiar sua estratégia neste três pilares, é fundamental que os gestores voltem esforços para identificar os modelos de negócio que temos hoje, e oferecer ao consumidor o direito de fazer parte disso ou não.

Em contrapartida, para que os clientes saibam escolher e o façam com consciência, é essencial que eles conheçam os termos de uso, bem como as melhores práticas de segurança da informação. Afinal, se o consumidor não tem parâmetro, a tendência é que ele aceite qualquer condição de proteção e privacidade, certo?

Quantos de nós responde com consciência quando um pop-up como esse surge na tela? Será que a maioria lê os termos e somente depois concorda? Ou faz o contrário: concorda e, se precisa, faz a leitura dos termos?

Estamos diante de uma realidade já configurada: a coleta de informações da internet não pára e esse é um caminho sem volta.

Agora, a questão é: nós, clientes, estamos prontos e dispostos a definir o limite da privacidade digital? O interesse maior é nosso! Esse limite pode ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim quiser, claro.

Fonte: Privacidade digital: quais são os limites? (digitalks.com.br)